sábado, 8 de outubro de 2011

homem da cruz

Lá está ele, olhar triste a contemplar o céu
Erguido está o instrumento de tortura
Olhos suplicantes numa triste amargura
A neblina da tarde torna-se um espesso véu

Algozes zombam do homem na cruz
E ele ao Pai clama o sincero perdão
Numa súplica ardente a olhar a luz
No auge do sofrimento Ele é só coração

Pai, meu Pai, perdoa-lhes, eles não sabem
Eles não sabem meu Pai o que fazem, perdão
E dos céus ele espera uma mensagem
O Homem na cruz é só amor, é só emoção

Profundas feridas na pele, respiração arfante
Grossas gotas de sangue caem, será que em vão?
Espinhos perfuram sua pele, a dor é excruciante
E Ele ao Pai implora que os perdoe de coração

Posto Ele foi ao meio de ladrões, de meliantes
Filho do criador, que ao mundo trouxe só amor
Que aos enfermos curou é Ele o Mestre, o viajante
O homem na cruz que ali está dilacerado em dor

mãe chora pelo divino filho que tanto amou
Ao apóstolo amado Ele entrega sua mãe querida
No extremo da dor a gratidão ao ventre que o gerou
E lágrimas jorram dos olhos, agora a despedida

As trevas à noite invadem e trovões anunciam o fim
Ele se vai por amor, o céu Ele olha e contempla a luz
Nas mãos do Pai, o espírito entrega, morreu por ti e por mim
Erguido no alto a olhar por nós sempre estará o Homem na cruz

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