Erguido está o instrumento de tortura
Olhos suplicantes numa triste amargura
A neblina da tarde torna-se um espesso véu
Algozes zombam do homem na cruz
Numa súplica ardente a olhar a luz
Pai, meu Pai, perdoa-lhes, eles não sabem
Eles não sabem meu Pai o que fazem, perdão
O Homem na cruz é só amor, é só emoção
Profundas feridas na pele, respiração arfante
Grossas gotas de sangue caem, será que em vão?
Espinhos perfuram sua pele, a dor é excruciante
E Ele ao Pai implora que os perdoe de coração
Posto Ele foi ao meio de ladrões, de meliantes
Que aos enfermos curou é Ele o Mestre, o viajante
O homem na cruz que ali está dilacerado em dor
Ao apóstolo amado Ele entrega sua mãe querida
No extremo da dor a gratidão ao ventre que o gerou
E lágrimas jorram dos olhos, agora a despedida
As trevas à noite invadem e trovões anunciam o fim
Ele se vai por amor, o céu Ele olha e contempla a luz
Nas mãos do Pai, o espírito entrega, morreu por ti e por mim
Erguido no alto a olhar por nós sempre estará o Homem na cruz
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